28/08/2020
Temos observado nos últimos
anos, um grande movimento em busca de modernização das lojas físicas na região
sul do Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae, uma simples
repaginada no layout da empresa pode aumentar as vendas em 27%. Isso acontece,
porque a adequação da identidade da marca, realizada a partir dos desejos do
seu público final, influencia diretamente no comportamento do seu consumidor,
fazendo com que ele se sinta atraído para entrar, a permanecer e,
principalmente, a comprar.
Esta estratégia chama-se Visual
Merchandising, e consiste em usar da comunicação visual para aprimorar a
experiência de compra do cliente. Até então, a abordagem mais comum das lojas é
tratar a vitrine e o interior da loja como um inventário, expondo os produtos
disponíveis no estoque. O visual merchandising propõe o uso do storytelling (ou
“contar uma história”, em tradução literal) para garantir um nível maior de
interação com o consumidor.
A intenção é despertar uma
sensação em quem visualiza os produtos, seja curiosidade, o despertar de uma
memória, uma relação afetiva. O importante é conectar a loja ao consumidor e
tornar o comércio mais atraente, estimulando a percepção dos produtos, criando
um clima agradável e aumentando as vendas.
Outro aspecto para chamar o
cliente para dentro de sua loja e fortalecer a imagem da marca, é através da
vitrine. Ela funciona como uma ferramenta publicitária e também fornece uma
visão do que o consumidor encontrará dentro da loja. Importante salientar que
uma vitrine incrível não é o suficiente para envolvê-lo, é apenas o primeiro
passo. A mensagem encontrada dentro da loja precisa ser coerente com a imagem
apresentada do lado de fora.
Além da vitrine é de suma importante que haja apresentação do produto na sua potencialidade máxima, e isso ocorre por meio de diversos fatores como acessibilidade e sinalização clara, ambiente convidativo e envolvente que proporcionem experiências agradáveis, boa iluminação e equipe capacitada para oferecer um atendimento coerente com os valores da marca.
Segundo pesquisas, a vitrine é responsável por 70% das vendas, em torno de 80% das decisões de compra são realizadas no ponto de venda e mais de 90% das escolhas de produtos são realizadas com base em fatores visuais.
Alguns cuidados, porém, são
comuns e podem ser um bom ponto de partida:
- A narrativa começa na
fachada. É importante prezar por uma arquitetura que esteja em linha com o
perfil do cliente desejado e uma vitrine simples, mas visualmente agradável,
com a possibilidade de incluir exposições temáticas sazonalmente.
- A disposição dos produtos
deve levar em conta mais que o aproveitamento do espaço. De modo geral, a
recomendação é que os produtos mais nobres estejam na entrada – lançamentos ou
mais vendidos, por exemplo. Promoção e liquidação devem ser colocados mais ao
fundo. Um ponto focal, determinado por um produto em destaque, deve orientar o
fluxo de deslocamento dentro da loja.
- Mobiliário e acabamento
também devem estar em linha com o público ideal e o conceito da loja. Materiais
duráveis e de fácil manutenção colaboram para que o espaço pareça sempre novo e
limpo.
- Iluminação é uma questão
chave. Feixes de luz direcionados podem orientar o olhar do cliente, chamando
atenção para algumas áreas, criando climas adequados para o tipo de produto
comercializado e orientando o deslocamento das pessoas.
- É importante considerar
outras “vitrines” como extensão do visual merchandising. Redes sociais, por
exemplo, são como vitrines virtuais e contribuem muito para a construção da
narrativa por meio da interação com o público.
--
Emilady Malheiros - MTB/RS 18.215
Jornalista/Analista de Comunicação ACI Cruz Alta
comunicacao@acicruzalta.com.br | (55) 3322 6795