Definição: o IBC é um termômetro do nível de atividade criado através da agregação de dados setoriais.
Informações para o Brasil:
→ Jun-24 / Mai-24 (com ajuste sazonal): +1,37%;
* Estatística superou, e muito, o consenso entre os especialistas sondados pelo Broadcast+ (+0,50%);
* Os indicadores do IBGE mostraram expansão de +4,1% para a indústria, de +1,7% para os outros serviços e de +0,4% para o comércio ampliado;
* Houve revisão para cima dos números de fevereiro (de +0,46% para +0,51%), março (de -0,25% para +0,15%) e abril (de +0,25% para +0,41%);
Quais as implicações? Tanto o IBC quanto o Monitor do PIB, da FGV, exibiram avanço de +1,1% no 2ºT/24 em relação ao 1ºT/24. Hoje, a mediana das estimativas dos analistas para o respectivo período encontra-se em +0,9%. Cremos, portanto, que a variação é consistente com nossa expectativa de majoração de +2,3% em 2024, embora o viés existente seja de alta. Nesse sentido, entendemos que o consumo das famílias continuará sendo a mola propulsora do crescimento, fruto da dinâmica positiva do emprego, dos impulsos fiscais e da resiliência do mercado de crédito. Contudo, acreditamos em uma desaceleração no segundo semestre, até pela base de comparação bastante elevada.
E o Rio Grande do Sul?
→ Jun-24 / Mai-24*: +7,5%;
* Terceiro maior incremento da série histórica, iniciada em janeiro de 2003;
* Aumento sucede o tombo de -8,2% (leitura preliminar acusava -9,0%) determinado pelas enchentes no território gaúcho;
* Patamar ainda segue 1,3% abaixo do constatado em abril, ou seja, previamente às inundações;
→ Os resultados por segmentos apresentaram dicotomia;
* O parque fabril (+34,9%) praticamente devolveu toda a queda do intervalo imediatamente anterior (-26,3%);
* Por sua vez, o varejo (+13,9%) mais do que compensou a retração precedente (-6,9%);
* Já os demais serviços encolheram -14,5%, depois de permanecerem estáveis (-0,1%);
→ De uma maneira geral, junho foi caracterizado pelo reforço de liquidez disponível aos agentes econômicos via: (1) antecipação do pagamento de benefícios sociais; (2) injeção de dinheiro novo proveniente de diferentes esferas governamentais; (3) postergação de certas obrigações financeiras contraídas junto aos bancos públicos e privados.